quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Carmen Souza Duo feat. Theo Pas’cal 'Mar na Corazon'



"Ê mar na coração
Ê dor sem Razão

Ess mar já levam tont gent
Nada bô tem pa dam
Sô bô tem ess distancia
Mim tem esperança pa um dia odjá nha fidj
Bô levam tud qui m' tinha
Sô bô deixam ess sodade mas ess ferida na coração
Nha Deus sabe tont m'ta tchorá
Tont m'ta pidi pa trazê nha amor mas um vez

Tont ê historia pa contam
Tont tristeza pa trazê
Tont ê bô historia
Bô tem pa contam
Tont ê quês noticia
Bô tem pa trazem
Bô levam tud q'm tinha
Sô bô deixam ess sodade mas ess ferida na coração
Nha Deus sabe nha margura
Tont m'ta pidi pa trazê nha amor mas um vez"

Carmen Souza em Portugal (Mupi)


2 Março | Auditório da Escola Secundária, Santo André | 22h00
PREÇO DOS BILHETES: 6,00€ (Sócios); 8,00€ (Não Sócios)
BILHETEIRA: 269 750 040

3 Março | Auditório Fernando Lopes Graça, Almada | 21h30
PREÇO DOS BILHETES: 7,50€
BILHETEIRA: 212 724 922

9 Março | Teatro do Bairro, Lisboa | 23h30
PREÇO DOS BILHETES: 10,00€
BILHETEIRA: 213 473 358 | 913 211 263

10 Março | Cine-teatro de Alcobaça João D'Oliva Monteiro, Alcobaça | 21h30
PREÇO DOS BILHETES: 7,50€
BILHETEIRA: 262 580 890

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Tó Trips na VISÃO

[uma correcção à peça: "Guitarra 66" foi editado em 2009]

Norberto Lobo na VISÃO

[uma correcção à peça: Norberto Lobo e João Lobo não são irmãos]

Carmen Souza Duo em PORTUGAL

2 de Março, Santo André (Auditório da Escola Secundária)
3 de Março, Almada (Auditório Fernando Lopes Graça)
4 de Março, Porto, Fnac Santa-Catarina, 15h30
4 de Março, Porto, Fnac Norte-Shopping, 18h00
5 de Março, Guimarães, Fnac, 18h30
9 de Março, Lisboa (Teatro do Bairro)
10 de Março, Alcobaça (Cine-teatro João D'Oliva Monteiro)
11 de Março, Lisboa, Fnac Chiado, 17h00

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Norberto Lobo em concerto (Fevereiro)

Dia 15, com João Lobo, no Teatro Maria Matos, em Lisboa
Dia 16, a solo, no Teatro Municipal, em Bragança
Dia 18, com João Lobo, no Centro Cultural Vila-Flor, em Guimarães
Dia 24, a solo, no Cine Teatro, em Estarreja
Dia 25, a solo, na Fnac Santa-Catarina, no Porto

Norberto Lobo & João Lobo na TIME OUT LISBOA

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Kimo Ameba "Rocket Soda"


Os Kimo – que começaram ainda no secundário rodeados de várias espécies de retardados que iam à escola pela proximidade do ABS – aprenderam a esconder a mágoa em infinitas jams de ruídos cor-de-rosa. E fazem barulho suficiente para que nem com o volume no mínimo escape alguma da estridência da sua música. Mais do que um imaginário de reacção, revelam um mundo – onde cabe toda a Fetra – de recorrente insanidade, em que até uma taça inundada de leite e cereais é um agente psicotrópico.

O Leio andava lá no liceu com o J Mascis, o Sushi é um ganda nérd que converte batidas em rojões, o Nacho diz que a sua cena é os 90s mas ouve Prince às escondidas e o Chico provou a si mesmo que podia ser mais do que o gajo do sofá nos ensaios! “Rocket Soda” é o seu álbum de estreia: 12 singles e 1 b-side após 3 anos a fazer música.

Aproveitaram o facto do Rô (produtor) estar de férias para gravar o disco e isso é giro porque eles sabiam que ele não tinha licença para o fazer – o Dudu (produtor executivo e boss do Pony) estava no Butão durante as gravações e só o ouviu depois, enquanto o masterizava. E está muita bem gravado. Apesar de toda a distorção, compressão e de estar tudo em mono, é um álbum hi-fi que faz questão de ter o lo-fi presente em todas as faixas. As pistas gravadas não foram pós-produzidas, têm espirais e pedais dos nineties e ascendem com tons de azul e laranja. O Nacho gravou todas as vozes à primeira enquanto o Sushi demorou três dias a gravar todas as baterias.

O que se passa em "Rocket Soda" não é barulho – ou pelo menos não é só barulho. É barulho pop, em que, para que ecoem para sempre na cabeça dos recém-surdos, as canções estão programadas para entrar no ouvido segundos antes de gerarem uma acentuada perda de audição (real objectivo do álbum). ‘Brad Foh da Corners’, tema inaugural, é disso mesmo exemplo: o jogo de guitarras e baixo é básico, mas nunca é ingénuo; a bateria explode-lhe por cima e a voz está onde deve estar, ao lado dos outros instrumentos. Parece que não se percebe nada mas percebe-se tudo.

A fórmula repete-se (quase) sem variações, mas nunca deixa de ser inventada a cada tema. É assumida, estranhíssima, mas soa sempre simples e eficaz. Não esquecendo um elemento importantíssimo: o solo. Aplicado aqui como uma negação do fade out, obriga cada canção a renascer e a questionar os seus limites. É tudo sempre a abrir e é cantado em inglês e português – mas isso não interessa porque letras são para ninos. Se fosse realmente importante dir-se-ia que se tratam só de canções sobre ‘Lagos’, o Moustache do Abras ou ser muita gay.

Mas nem só de fórmulas vive “Rocket Soda”, ou não fosse pensar-se que os Kimo são bons alunos. Via Jay Reatard, Dinosaur Jr, My Bloody Valentine ou através dos colegas da Fetra, que de professores não têm nada, a escola do rock ensinou-lhes uma série de truques que ‘Kids Are Daficient’ põe em causa. À praxeologia dos 2 minutos são acrescentados outros 6 e o quase punk do costume é trocado pelo primeiro tema a que historicamente podemos chamar "prog-Fetra". Os solos não querem parar e é por isso que não param (por isso, e por cada um ser ainda melhor do que o anterior), a voz tem qualquer coisa de espectral, a bateria, pela sua intensidade cósmica e cadência, deixa dúvidas quanto ao facto de estar a ser tocada por um ser humano, e a parede de som está lá – talvez não como o Phil Spector a idealizou, mas mais através das camadas de distorção. ‘Beaver’ e ‘Fetra’ também funcionam como fugas ao paradigma. No caso, através da inclusão de caixa de ritmos – uma transformação ainda maior se tivermos em conta que a estrutura das canções se mantém aproximada à das anteriores (ainda que a "Fetra" seja um instrumental de hinólogo).

No fundo, aqui como em toda a Cafetra, podemos entender que a simplicidade não vem da incapacidade dos executantes, mas de uma forma de problematizar a necessidade de uma técnica exagerada tendo em conta a facilidade real da execução de canções. E, mais importante, é um disco feito por amigos, piratas e homosecs. O programa é esse.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Agenda

Sábado, Passos em Volta + Kimo Ameba às 23h na ZDB
Domingo, B Fachada às 17h na PT Bluestation da estação de Metro Baixa-Chiado, inserido numa amorosa programação que dura até ao dia de São Valentim
Quarta-Feira, Norberto Lobo & João Lobo às 22h no Maria Matos.
Não há como usar a desculpa do frio.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

B Fachada com concerto-surpresa em Lisboa

Numa acção que decorre até ao dia de São Valentim, a PTbluestation da estação de Metro Baixa-Chiado celebra o amor. Domingo, dia 12, às 17h (cheguem mais cedo, por favor!), nada mais apropriado, então, do que a presença do mais poliamoroso escritor de canções da sua geração. A entrada é gratuita!

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Carmen Souza Duo feat. Theo Pas’cal “London Acoustic Set” (informação adicional)

Data de lançamento: 2 de Março

Concertos de apresentação em Portugal (a Carmen é agenciada pela Quarta Perfeita):
2 de Março, Santo André (Auditório da Escola Secundária)
3 de Março, Almada (Auditório Fernando Lopes Graça)
9 de Março, Lisboa (Teatro do Bairro)
10 de Março, Alcobaça (Cine-teatro João D'Oliva Monteiro)

Toda a informação sobre o duo está aqui e sobre a Carmen em particular, aqui.

Podem consultar o seu acervo de vídeos aqui e siga-la no facebook aqui.

Carmen Souza Duo feat. Theo Pas’cal “London Acoustic Set” (texto de apresentação)

"Carmen Souza sings in her native creole dialect with an intimacy, sensuality, and vivacity, characterised by a tremendous lightness of touch. Her music has a deceptive simplicity, a rare clarity, derived from a unique mix of influences from her Cape Verdean background to jazz and modern soul creating this beautifully vibrant, largely acoustic, accessible hybrid. World soul music for the 21st century" David Sylvian

Aos poucos – e de forma determinante desde que reside em Londres – Carmen Souza tem-se afirmado globalmente como um dos mais intransigentes e vibrantes símbolos da lusofonia. E no sentido em que a entidade cultural lusófona é intrinsecamente mutante e em constante expansão mas eminentemente inclusiva, é apenas natural que assim seja. Porque se a acção desta lisboeta (nascida em 1981) parte de um signo matricial enraizado na tradição das ilhas de Cabo Verde (a origem da sua família), é pelas encruzilhadas próprias da diáspora que vai construindo um ecléctico programa artístico. Faz todo o sentido que a Mbari, de Norberto Lobo ou Lula Pena, a si se associe.

O tratamento essencialmente plástico que confere aos materiais à sua disposição – e o carácter quase expressionista da sua voz, nesse particular, assume-se tanto um ponto de partida quanto de chegada – sublinha simultaneamente as elásticas afinidades estéticas transatlânticas e o inédito ponto de sincretismo a que chegou. Música afro-cubana, jazz, morna e um conjunto de referências nascidas já de décadas de fusões rítmicas são deglutidas, distendidas e infinitamente recicladas no desenvolvimento de um extático perfil autoral para o qual, ao longo da última década, tem contribuído decisivamente o compositor e baixista Theo Pas’Cal.

Este “London Acoustic Set”, após três álbuns em conjunto – “Ess ê nha Cabo Verde” (2005), “Verdade” (2008) e “Protegid” (2010) – gravados em pontos distintos do globo, e envolvendo dezenas de instrumentistas, e depois de apresentações pelo mundo fora (Portugal, Cabo Verde, Reino Unido, Turquia, Brasil, Alemanha, Holanda, Irlanda, Finlândia, Letónia, Itália, Canadá e uma digressão de 14 datas pelos EUA), marca o regresso de Carmen e Theo numa crua, imperturbável e indissolúvel demonstração de como o radicalismo da sua proposta jamais lhe compromete a íntima beleza e a exuberante comunicabilidade.

O gesto do duo Carmen Souza feat. Theo Pas’Cal é o de depurar e recompor os temas a partir da sua dimensão formal mais indispensável, colocando em evidência as suas qualidades basilares. E depois há, claro, a evocação de uma série de referências – costumam-se apontar os nomes de Nina Simone, Ella Fitzgerald, Maria João, Billie Holiday, Joe Zawinul, Édith Piaf (lembrada aqui em ‘Sous le Ciel de Paris’) Return to Forever, Horace Silver (a este histórico pianista de jazz norte-americano, outro descendente de cabo-verdianos, é dedicada a versão do seu imortal ‘Song for my Father’) ou, claro, Cesária Évora – que servem também para avaliar a originalidade do que aqui se ouve.

Gravado quase na íntegra no londrino Green Note (dois temas provêm de um concerto no Liverpool Philharmonic Hall), é uma enérgica e concentrada demonstração de mais-valia criativa com um derradeiro sinal de humildade e generosidade: 50% do valor das suas vendas destina-se ao apoio de importantes iniciativas de intervenção e transformação social – SOS Children’s Villages, Infância sem Racismo, da Unicef e Casa ser Criança, da Abraço, associação que celebra este ano o seu 20º aniversário.

Kimo Ameba 'Lagos City' (Vídeo)


Tema de "Rocket Soda", o álbum que Sábado tem festa de lançamento na Zé dos Bois.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Norberto Lobo & João Lobo 'Bragança'

Um dos temas que o Norberto e o João têm trabalhado, 'Bragança', provavelmente noutra forma, será incluído em "Mogul de Jade", o álbum em duo que contamos editar até ao fim do trimestre. Esta versão serve para antecipar os concertos dos dois no Teatro Maria Matos, em Lisboa, no dia 15, e no Centro cultural Vila Flor, em Guimarães, no dia 18.